Quando acordei ontem de manhã, qual foi o meu espanto de ver que o Eusébio tinha falecido. Fiquei boquiaberta, chocada. Embora fosse do conhecimento público que a saúde dele já tivera melhores dias, acho que ninguém estava à espera desta notícia. Não foi como o Mandela, que sabíamos que, mais dia menos dia, nos ia deixar. Não é como o Schumi, que a qualquer momento pode surgir mais uma complicação e "ir desta para melhor". Não, não estávamos à espera.
Se calhar porque era tão nosso, o Eusébio. Nosso, de todos e de cada português. E nunca estamos à espera que a morte leve um dos nossos.
Antes de ontem, não sabia grande coisa do Eusébio. Sabia que foi ele o grande responsável pela Taça dos Campeões do Benfica em 62, sabia que foi ele que nos levou ao terceiro e eterno lugar no Mundial de 66, sabia que tinha marcado 41 golos pela Seleção. O básico. E já era tanto!
Ontem fiquei a saber ainda mais, fiquei a saber dos estrondosos 648 golos, dos títulos que deu ao Benfica dele, da glória que ele trouxe ao seu clube. De toda a sua humildade, quando recorda Di Stéfano ou Pelé. De toda a humanidade dele. Porque acredito que não há um único português, um único amante de futebol no mundo que não goste de Eusébio.
E o SLB conseguiu a homenagem à altura do Pantera Negra. E a comunicação social conseguiu, e Portugal conseguiu.
O céu ganhou mais uma estrela, a estrela Eusébio.

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