Momentos que fazem mesmo bem

Sou uma pessoa que não tem muitos amigos. E, quando falo em amigos, falo em Amigos. Pessoas com quem possa contar, a quem possa ligar às 4 da manhã só para dizer que as amo, só para dizer que me sinto bem. Ou que me sinto mal, ou para chorar. Pessoas que, em qualquer situação, não me julgam. Tentam perceber-me e apoiar-me. Pessoas que, quando erro, não me passam a mão pela cabeça, não, pelo contrário, apontam-me onde errei, mostram-me porque é que errei e fazem-me crescer. Pessoas que estarão sempre do meu lado.

Portanto, dizia eu, pessoas assim, amigas de verdade, tenho poucas. E, tirando o Mais-que-tudo (o melhor dos melhores amigos), são todas mulheres. Da S., já com 30 anos e mãe, à outra S., à D. e à L., as mais recentes no meu coração. As dos tempos de escola, a F. e a C., que restaram e que durarão para sempre, e a G., a mais novinha, que embarcou numa nova aventura por Madrid. São as minhas meninas, cada uma um porto de abrigo, cada uma muito diferente da outra.

E este momento de homenagem lamechas às minhas pessoas vem por alma de quem, perguntam vocês. Bem, porque, em primeiro lugar, não preciso de inventar pretextos para lhes dizer o lugar que ocupam no meu coração. E vem também do facto de no passado fim-de-semana ter ido lanchar com a D. E fez-me um bem desgraçado. Porque na semana passada tive perto de uma hora a falar com a S. E porque para a próxima semana vou estar com a L. Porque no espaço de duas semanas vou estar com as três pessoas que preencheram os três melhores anos da minha vida. E faz-me um bem à alma que é difícil de expressar. Juntamo-nos as quatro no Porto, cada uma foi à sua vidinha, mas continuamos sempre interligadas.

A vida tem destas coisas fantásticas. Aliás, a vida é fenomenal! ;)