Liar: De onde vem esta paixão pela bijuteria e como (e quando) começou?
Avelina: A paixão pela bijutaria e moda em geral já vem desde pequenina. Tenho 3 irmãs e todas somos muito vaidosas e gostamos de nos arranjar. Esse gosto passou inclusive para as nossas filhas. O gosto por peças artesanais foi algo que sempre tive. Gosto de usar coisas únicas que transmitam a minha personalidade. Desde nova, tanto eu como as minhas irmãs, aprendemos vários trabalhos manuais, como crochet, bordar, fazer malha e outros, algo que me deu sempre prazer fazer.
Depois da morte da minha mãe, senti necessidade de ocupar o meu tempo e, principalmente a minha cabeça, com coisas mais úteis. Comecei por pintar alguns tecidos, toalhas de mesa, fraldinhas e camisolas, no entanto esse ainda não era o escape que me preenchia o coração. Um dia (algures em 2007 ou 2008) vi um anel semelhante aos que produzo que tinha alguma graça. Achei piada ao uso do arame para fazer anéis e por isso comecei a fazer anéis para mim e para a minha filha, nos nossos próprios dedos, pois ainda não tinha os materiais adequados. O gosto foi-se instalando e desde aí nunca mais parei.
L: Foi o feedback das pessoas mais próximas que lhe deu a ideia de começar a comercializar os seus produtos?
A: Foi. Comecei a levar os anéis para o trabalho e muitas pessoas perguntavam onde tinha comprado. Quando dizia que tinha sido eu a fazer, pediam-me logo algumas encomendas. Muitas vezes fui para o trabalho com um anel novo e já não voltava a casa com ele. A minha filha foi a primeira pessoa a dizer-me para vender os anéis e foi com o seu incentivo que criei a marca Avelina Correia Artesanato.
L: Quais as características dos seus produtos? O que faz deles serem únicos?
A: Todos os produtos são únicos. Para além dos anéis produzo ainda outras peças, como pêndulos para lenços, colares, golas, pulseiras e mais recentemente brincos. As cestinhas para a praia, os marcadores de livros, as capas para cadernos, livros ou agendas, e os gorros e as boinas são outros exemplos de peças que faço.
A singularidade do produto começa nos materiais. Nunca compro ou arranjo materiais iguais, prefiro trazer apenas um ou dois exemplares de cada pedra para os anéis, e apenas um retalho de tecido para as capas. Assim tenho a certeza que não farei peças iguais. Depois, toda a modelação do arame surge da minha inspiração por isso nunca consigo fazer peças iguais. E isso é o que me dá prazer, poder criar algo único para cada pessoa, igualmente única.
L: Onde vai buscar a inspiração para as novas coleções?
A: A modelação do arame surge do meu estado de espírito no entanto as cores das pedras, os tecidos e o tipo de peças são influenciadas pelas peças que vou vendo nas ruas. Para além disso, a minha filha está constantemente a par das novas tendências, acompanhando de perto a produção das coleções.
L: Falando em novas coleções, lançou recentemente um produto novo. Como o descreve?
A: É verdade! A nova linha que lancei, Baby A Baby C, é uma linha dedicada aos mais pequeninos. Apesar de ser o lançamento mais recente, é das peças que produzo há mais tempo. Já o fazia quando a minha filha era bebé e fazia peças por encomenda mas nunca me tinha passado pela ideia publicitar estes artigos, isso foi ideia da minha filha.
As peças são feitas de raiz e por isso, desde aí, vão ao encontro da singularidade que é característica da marca. Para além disso são muito úteis e elegantes. Os casaquinhos por exemplo, são as peças que as mamãs intitulam de mais práticas pois são feitas a pensar na mãe e na facilidade em vestir. O material é anti-alérgico, ideal para os bebés, e fácil de lavar, ideal para as mães. Depois, são peças únicas, feitas apenas por encomenda. Mas acho que as imagens falam por si e acredite que as fotos não fazem justiça às peças (mas eu sou suspeita J).
L: Quais as coleções mais adoradas pelo público?
A: A Romantic Colection foi a coleção com mais saída através da internet, no entanto nas feiras de artesanato são os anéis, os colares, as pulseiras, as capas de livros e os marcadores de livros que fazem mais sucesso.
L: Tem um site, um blog e uma página de Facebook, o que já representa uma certa estrutura e uma maior divulgação. Como chegou até aqui?
A: Bem, isso foi tudo trabalho da minha filha. Eu sou a artesã e ela a cabeça por trás da marca. Foi ela quem criou a página de Facebook, o blog e o site (de raiz) e é ela também quem os gere. O blog e o site vieram complementar a página do Facebook. Considero que o blog é a ferramenta que tem dado a conhecer mais a marca. Depois do boom de gostos da página de Facebook das pessoas conhecidas não é fácil atingir novos gostos. Passamos por uma fase de estagnação da página e por isso a minha filha começou a trabalhar mais no blog, mostrando como se pode usar as peças, principalmente de bijuteria. Ela tem várias peças feitas por mim e por isso mostra como se pode conjugar as peças da Avelina Correia Artesanato com as novas tendências de moda.
L: Qual o próximo passo da Avelina Correia Artesanato?
Neste momento, o objetivo é divulgar ainda mais a página de Facebook e aumentar o número de vendas online.
L: Um sonho para o seu projeto?
A: Abrir a minha loja, com as minhas peças conjugadas com peças de outras marcas (de vestuário e até de decoração), mas isso é um projeto a longo prazo, não para já!
L: Para finalizar, como podemos adquirir os seus produtos?
A: Bem, primeiro devem procurar os produtos na página de Facebook ou no site, sendo que a página do Facebook está sempre mais atualizada. Depois escolhe as peças e envia um e-mail para artigos.feitosamao@gmail.com com a referência da peça (está sempre na descrição da foto na página do facebook). Após confirmar a disponibilidade da peça e de efetuar o pagamento por transferência bancária é só esperar que a sua peça chegue J
Também podem sempre procurar a Avelina Correia Artesanato nas feirinhas de artesanato em que vamos participando. Sempre que participamos em algum evento anunciamos através do facebook, por isso têm de verificar se recebem as notificações da página e estarem atentas!
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