Corte de cabelo: o Dilema

Precisava de cortar o cabelo. É sempre um problema para mim, ou fica muito curto, ou ainda continua espigado, ou a franja não está como quero, ou está torta, enfim. Nunca saio satisfeita. E já experimentei vários cabeleireiros, o problema deve ser meu. Nunca gostei de cortar o cabelo, sempre quis ter o cabelo comprido, o maior possível, cortar só em casos extremos.

Mas ultimamente (praí desde março) que me tem passado pela cabeça a ideia maluca de o cortar no mínimo pelos ombros. Ouvi de tudo, desde o "tu és maluca, tens o cabelo tão grande, não faças isso", ou "deixa-te de paneleirices mazé", ou ainda "corta praí, o cabelo é teu, tu é que sabes". É de uma pessoa desanimar e mudar de ideias, nem um único comentário positivo?!

Mas o bichinho ficou e chegou o dia fatídico de ir cortar o cabelo. Estava mesmo a precisar, até costumava dizer que tinha "madeixas californianas ao natural", ao que isto chegou! O verão acabou e lá fui eu ao corte:

- Quero cortar o cabelo.

- OK, podes sentar-te.

- Não estás a perceber, quero CORTAR o cabelo (a indicar pelos ombros).

- Como? Tás tola, só pode.

- Não, preciso e quero cortar.

- Tens a certeza?

- Não, mas vais cortar.

- Tu não estás bem, mas pronto, lá sabes...

E lá cortou, direitinho, como queria, esticadinho. Foi a primeira vez, em longos anos, que saí do cabeleireiro mesmo contente. Era mesmo isto que queria! Resta saber como vai ficar quando o lavar e aparecerem os caracóis.

MEDO desse momento!

 Antes...

E depois!